quinta-feira, 30 de junho de 2016

Verdade: arma que Emílio Vasconcelos não poderá usar.

EDITORIAL - Por Herivelton Moreira

Emílio De Vasconcelos Costa não é burro, mas sucumbiu ao tempo de TV que Caio Valace tem. Essa foi a informação que captei hoje. Emílio deveria conhecer a história de Chico Ferramenta. Ele foi demitido em Ipatinga e com um chinelo havaiana, disposição e uma mulher guerreira ao seu lado se tornou Prefeito de Ipatinga. Chico tinha a verdade ao seu lado.

Os políticos de hoje estão atrelado a conceitos apregoados por marqueteiros, que infundem o domínio da TV sobre o público. Emílio não sabe ousar e desconhece leis divinas. A verdade e a sinceridade são as armas de convencimento do povo. Emílio não está antenado também com a realidade do povo brasileiro. A Operação Lava Jato e o comportamento da PGR e do STF tem sido educativos, mostrando como existem arranjos além da política, ou seja, fora do viés eleitoral.

Ao pedir a Caio o tempo de TV (conforme ele mesmo revelou - "fui eu quem procurei o Caio"), Emílio mostra que se rende ao desejo de alcançar o poder pelo poder, sem contar com o preço a pagar. Ninguém sabe ainda o que aconteceu em 2.014, quando Caio Valace apoiou Raquel Muniz em Sete Lagoas, conseguindo que seu filho, Nuno Valace, fosse contratado por ela e depois ter recebido dela o PSD de Sete Lagoas. O que sabemos, no entanto, é que o marido de Raquel Muniz, Ruy Muniz, foi preso e ela será investigada pelos desvios de dinheiro da Prefeitura de Montes Claros, conforme autorização do STF ao MP Federal.

Algumas perguntas giram no imaginário popular de Sete Lagoas: o dinheiro usado por Caio e Nuno em 2.014 veio do desvio de Montes Claros? O maior doador da campanha de Raquel Muniz, que é de Sete Lagoas, fez parte desse acordo e por isso Nuno foi contratado para o gabinete de Raquel Muniz? O dinheiro que Nuno vai utilizar em sua campanha virá desse desvio de Montes Claros, uma vez que ele é funcionário de Raquel Muniz?

Ao pré-candidato Emílio Vasconcelos resta apenas uma pergunta: vale a pena conseguir tempo de TV e passar toda a campanha tendo que responder a essas perguntas?
O espaço está aberto às respostas.

Caio será vice de Emilio

EXCLUSIVO

Caio Valace será vice de Emilio Vasconcelos. Onde há fumaça, há fogo. O dito popular se encaixa perfeitamente na situação. A redação do Sete Lagoas News atirou no que viu e acertou no que não viu (outro ditado). Um familiar de Caio Valace fez contato com a redação e informou que o acordo firmado na Terça-Feira já tinha sido sacramentado em Brasília, há cerca de um mês, entre Luzia Ferreira, presidente regional do PPS, Júlio Delgado, presidente regional do PSB e Raquel Muniz, deputada federal do PSD, mulher do prefeito preso de Montes Claros, Ruy Muniz.


Logo depois dessa reunião foi que Caio Valace recebeu o PSD de Sete Lagoas para fechar a parceria com o PSB. Toda essa situação, de acordo com a mesma fonte, teria deixado irritado o deputado estadual Douglas Melo (PMDB) que se sentiu usado por Caio Valace. "Parece que a parceria dos dois foi trunfo para Caio se valorizar", garantiu a fonte que prefere ficar no anonimato.

Emílio confirma "diálogo" com Caio Valace

O pré-candidato a prefeito de Sete Lagoas pelo PSB, Emílio Vasconcelos, disse hoje à reportagem do Sete Lagoas News que jantou com Caio Valace na Terça-feira e já o havia procurado antes para "dialogar" sobre o processo eleitoral em Sete Lagoas. Emílio não revelou, no entanto, o teor da conversa e se haverá acordo político com Caio (PSD) e Nuno Valace (PPS). "Temos ainda 20 dias pela frente para dialogar", afirmou Emílio. O pré-candidato disse, também, que desconhece qualquer problema relativo à deputada federal Raquel Muniz (PSD), parceira de Nuno e Caio Valace na cidade. "Olha eu vi com normalidade a contratação de Nuno para o gabinete da Raquel, afinal ela teve boa votação em Sete Lagoas e investiu no seu futuro político aqui", analisou.

Fontes de Sete Lagoas informaram à nossa redação que um dos impedimentos a uma futura parceria entre Emílio e Caio é a lisura do pré-candidato do PSB. "Emílio vai querer saber a origem do dinheiro da campanha de Nuno, ele é macaco velho e não colocar a mão em cumbuca", insinua a fonte. Nuno Valace, pré-candidato a vereador pelo PPS, é funcionário de Raquel Muniz (PSD), deputada federal que teve investigação autorizada pelo STF depois da prisão do seu marido, Ruy Muniz, por desvios de recursos da Prefeitura de Montes Claros. O STF, e também os meios políticos sete-lagoanos, quer saber se a grana usada por Raquel Muniz em 2.014 foi a mesma desviada de de Montes Claros.

Outra coisa que acredita a mesma fonte ouvida pelo Sete Lagoas News, é que Emílio jamais aceitará privilegiar a candidatura Nuno Valace numa possível coligação entre PPS, PSD e PSB. "Esse é o grande problema de qualquer negociação com Caio Valace. Ele quer garantir a todo custo a vitória de Nuno. A própria coligação PSD/PPS só tem esse objetivo e já está provocando revolta entre os outros pré-candidatos do partido," decreta a fonte, que prefere ficar no anonimato.

Caio e Emílio podem fechar parceria.

Reviravolta na política em Sete Lagoas. Cotado para vice na chapa de Douglas Melo (PMDB), Caio Valace teria procurado, ontem a noite, Emílio Vasconcelos, pré-candidato a prefeito pelo PSB. De acordo com fontes da cidade Caio teria perdido espaço no grupo de Douglas e precisa de uma chapa forte para abrigar a candidatura de seu filho, Nuno Valace (PPS), que sem isso não consegue se eleger.

As investigações em torno das contas de campanha de Raquel Muniz (PSD) teriam "assustado" Douglas Melo (PMDB). O STF autorizou o MP Federal a investigá-la, que agora quer saber se o dinheiro usado por Raquel Muniz em 2.014 foi o mesmo desviado por seu marido, Ruy Muniz, da Prefeitura de Montes Claros. Sete Lagoas está no rota das investigações, uma vez que o maior doador de campanha de Raquel é da cidade, o empresário José Raimundo Silva Santos, dono da Jorasa, que deu a ela R$ 300 mil reais, mesmo a empresa passando por dificuldades financeiras desde 2.010. Ao que se sabe José Raimundo é amigo íntimo de Caio Valace e Luzia Ferreira, presidente regional do PPS e que em 2.014 ajudou na costura do acordo entre Caio e Raquel Muniz.

Ainda não se sabe o teor da conversa entre Emílio e Caio Valace, que domina o PSD em Sete Lagoas, mesmo partido de Raquel Muniz. A grande pergunta é: o dinheiro de campanha do PSD em Sete Lagoas virá do desvio da Prefeitura de Montes Claros? O dinheiro da campanha de vereador de Nuno Valace, que é funcionário de Raquel Muniz em Brasília, também virá desse mesmo desvio? Jornalistas especializados na política de Sete Lagoas apostam que essa pergunta pode afetar qualquer candidatura a prefeito que abrigar os candidatos do PSD e do PPS em Sete Lagoas. A nossa reportagem tentará hoje falar com Emílio para confirmar o teor da reunião.